sábado, 6 de agosto de 2011

Borussia Dortmund - Campeao Renovado


Não é fácil vencer a Bundesliga quando se concorre com um Bayern de Munique. Para chegar lá, enquanto o Wolfsburg (campeão em 2008-09) turbinou seu elenco com a grana da VW, a receita que transformou o Borussia Dortmund no novo campeão alemão foi totalmente oposta, valorizando jogadores jovens e ascendentes. Foi assim que, de forma irretocável, o Dortmund venceu seu sétimo título nacional - o primeiro desde 2002.
A chegada de Jürgen Klöpp
A montagem de um Borussia Dortmund novamente campeão começou em maio de 2008, com a chegada do técnico Jürgen Klopp, credenciado por suas boas campanhas no comando do Mainz. Jovem (atualmente, 44 anos) e adepto do jogo vertical, Klöpp seria o responsável por guiar um clube acostumado a grandes troféus (entre 1995 e 2002, foram três Campeonatos Alemães, uma Champions League e um Mundial Interclubes), mas que entrou em decadência esportiva e financeira pouco tempo depois.
Sem dinheiro para contratar grandes reforços, a solução foi confiar em garotos promissores formados no próprio clube ou vindos sem alarde de outros times. Em sua primeira temporada à frente do campeão europeu de 1997, um sexto lugar - avanço significativo em relação ao medíocre 13º conquistado no ano anterior. Em 2009-10, o Dortmund subiu uma posição e terminou em quinto. A evolução desenhava quadros promissores ao time para as próximas temporadas, mas um título ainda não era esperado.
Campanha brilhante
A campanha começou mal, com derrota em casa: 0-2 para o Bayer Leverkusen, em 22 de agosto. Nos 15 jogos seguintes, porém, um número impressionante: 15 vitórias e um empate. O segundo revés só viria mais de três meses após a estréia, contra o Eintracht Frankfurt, no mês de dezembro. Num primeiro turno perfeito, o Dortmund conquistou 43 dos 51 pontos em jogo na primeira metade do campeonato, mantendo um aproveitamento fantástico.
Com média de idade inferior a 23 anos, o time voava. Com exceção do goleiro e capitão Weindenfeller (30 anos) e dos "veteranos" Lukasz Piszczek e Lucas Barrios (25 e 26 anos, respectivamente), todo o restante da equipe base titular nascera, no máximo, em 1988. Até mesmo o volante Kehl e o lateral Dedê, ídolos da torcida e antigos capitães do clube, foram preteridos por jovens. No segundo turno, embora a produção tenha caído em relação ao primeiro, o Dortmund pode comemorar a conquista, maiúscula e incontestável, com duas rodadas de antecipação.
O 4-2-3-1 mortal
Em campo, Klopp implantou um 4-2-3-1que juntava três meias rápidos e habilidosos como Götze, Kagawa e Grosskreutz numa mesma linha, alimentando o centroavante paraguaio Barrios. A trinca foi peça fundamental no desempenho ofensivo do Dortmund, rendendo velocidade e imaginação ao time.
Shinji Kagawa, aliás, foi uma das surpresas da Bundesliga. Oriundo do Cerezo Osaka, chegou discretamente ao futebol europeu após ter sido preterido pelo treinador Takeshi Okada, que não o convocou para a Copa do Mundo. Em sua primeira temporada na Alemanha, era esperado que o meia de 21 anos encontrasse seu espaço aos poucos. Porém, se firmou como titular logo no início do campeonato. Após fazer um primeiro turno irrepreensível, acabou se lesionando. Mesmo assim, terminou a liga com oito gols marcados, sendo um dos vice-artilheiros do time.
Dividindo a vice-artilharia com o nipônico, Kevin Grosskreutz e Robert Lewandowski. Grosskreutz, meia e atacante de 1.87m, foi outro que fez excelente temporada. O bom desempenho rendeu ao nativo de Dortmund suas primeiras convocações à seleção alemã. Já o polonês Lewandowski chegou do Lech Pozan para ser, na maioria das vezes, um reserva de luxo para qualquer um dos quatro titulares ofensivos. Mesmo assim, terminou o campeonato com 33 jogos (iniciando dez deles). Foi importante ao substituir Kagawa, quando o lesionado japonês desfalcou o time por todo o segundo turno.
Completando o trio de meias ofensivos, uma das maiores promessas do futebol alemão nos últimos tempos: Mario Götze. Aos 18 anos, Götze se tornou titular já em sua segunda temporada como profissional. Mais que isso, marcou gols bonitos e decisivos, deu assistências, chamou jogos para si, foi um dos melhores jogadores do campeonato e ainda debutou na seleção alemã. Uma temporada para o meia jamais esquecer.
Melhor defesa da Bundesliga
Observando o desempenho ofensivo de seus meias e o esquema tático utilizado, pode-se ter a falsa sensação de que o Borussia Dortmund 2010-11 era um time defensivamente frágil. Ledo engano. A consistência defensiva da equipe se traduz em números: melhor defesa, com 22 gols sofridos em 34 jogos (média de 0.65 por partida). Para se ter uma idéia da eficiência defensiva amarela e preta, o Mainz, dono da segunda retaguarda menos vazada, sofreu 39 gols.
A dupla de zaga, formada pelos gigantes Mats Hummels (nascido em 1988) e Neven Subotic (sérvio, da mesma idade), foi um colosso. Hummels, desprezado pelo Bayern de Munique, deixou para trás seu passado de zagueiro desengonçado e inseguro para ser, de longe, o melhor defensor do campeonato. Foi ainda eficiente no ataque, balançando as redes cinco vezes. 
Na esquerda da defesa, Marcel Schmelzer não deu a menor chance para a concorrência do veterano brasileiro Dedê, uma bandeira do clube. Schmelzer foi o único do elenco campeão a atuar em todas as 34 partidas da Bundesliga (nem Weindenfeller conseguiu) e sua regularidade na marcação e no apoio lhe credenciam como o melhor lateral esquerdo alemão da atualidade.
No centro do meio de campo, dois jogadores representam bem o equilíbrio defesa/ataque dos novos donos do título: Sven Bender e Nuri Sahin. Bender chegou ao clube em 2009, vindo do 1860 Munique. No entanto, foi na temporada recém-terminada que o volante se firmou como titular, ganhando a disputa com o capitão Kehl. Cão de guarda da defesa, esteve em 31 partidas e é outro que começa a ganhar espaço nas listas de Joachim Low.
Nuri Sahin merece um parágrafo todo seu. Nas mãos de Klöpp, o turco nascido na Alemanha finalmente explodiu e foi o jogador que todos esperavam desde quando subiu aos profissionais, em 2005, e foi o jogador mais jovem da história a atuar na Bundesliga. Volante canhoto e de vocação ofensiva, Sahin foi o termômetro do Dortmund, iniciando as jogadas ofensivas com maestria e ainda marcando belíssimos gols de falta. Com justiça, foi eleito o craque do campeonato. Vendido ao Real Madrid, deverá evoluir ainda mais sob a batuta de José Mourinho, que é fã de seu futebol.
Balanço final e futuro
O saldo final da campanha foi de 23 vitórias, 6 empates e 5 derrotas. Foi o time que mais ganhou e menos perdeu. Os 67 gols marcados transformaram o ataque preto e amarelo no segundo mais positivo da temporada, enquanto a defesa foi a menos vazada, conforme já citado. 
Na próxima temporada, as coisas devem endurecer para o Borussia Dortmund. Os rivais estão se reforçando, haverá Liga dos Campeões no calendário, pesará o status de time a ser batido sobre os jogadores, entre outros testes de um novo campeão. Até onde os garotos de Jürgen Klopp chegarão juntos, é impossível de se prever. Mas que eles já escreveram uma página brilhante na história de um dos maiores clubes da Alemanha, é fato.
Ficha técnica: 
Clube/seleção: Borussia Dortmund
Treinador: Jürgen Klopp
Competição: Campeonato Alemão
Ano: 2010-11


Escalação: Roman Weidenfeller; Lukasz Piszczek, Neven Subotic, Mats Hummels, Marcel Schmelzer; Sven Bender, Nuri Sahin; Mario Götze, Shinji Kagawa (Robert Lewandowski), Kevin Grosskreutz; Lucas Barrios

COPA BH

Como já é de praxe, a Taça Belo Horizonte 2011 mais se parece um Campeonato Mineiro de luxo. Enquanto a Copa São Paulo serve para congregar todas as federações e o Brasileiro Sub-20 adota um perfil mais elitista, a BH enche os grupos com equipes modestas do interior mineiro: ao todo, são 18 clubes do estado, mas já acrescentando Cruzeiro, América-MG e Atlético-MG. 

O Galo, aliás, vem com pinta de favorito, um status que parece se restringir a ele próprio, Flamengo e Internacional, com as bases campeãs da Copa São Paulo e também do Gaúcho. Em Belo Horizonte, porém, as surpresas também costumam aparecer, como foi em 2010 com a final Atle-Tiba. Atual campeão, o Coritiba também tem um time forte. Cruzeiro, São Paulo e Corinthians parecem correr por fora. 

Mais duas informações importantes sobre a Taça BH: são elegíveis jogadores nascidos entre 1992 e 1995. À próxima fase, avançam os primeiros e segundos colocados de cada chave, além de quatro dos seis terceiros colocados.



GRUPO A
Siderúrgica-MG, São Paulo, AE Pedro Leopoldo-MG, Villa Nova-MG, Flamengo e Cruzeiro
Candidato a craque do grupo: Lorran (Flamengo)


Um páreo duríssimo. É assim que deve ser encarada a chave A da Taça Belo Horizonte. Entre os integrantes do grupo estão nada mais, nada menos que São Paulo, Flamengo e Cruzeiro, que, além da tradição, contam com boas safras de atletas que inclusive se destacaram na disputa da Copa São Paulo 2011. O favorito a sair em primeiro é o Flamengo. 

Atual campeão da Copinha e vice-campeão carioca de juniores o time rubro-negro vem com sangue nos olhos para apagar a má impressão da Taça Libertadores Sub-20, quando perdeu para a Alianza Lima mais por causa do seu descontrole emocional do que pela bola propriamente dita. A equipe é quase a mesma do título do começo do ano, com as ausências do goleiro César, do zagueiro Frauches e do meia Negueba, que estão com a seleção sub-20. Ainda segue a dúvida se Adryan integrará o time que vai a Belo Horizonte. Os destaques são os atacantes Rafinha e Nixon e o volante Lorran.

O São Paulo vai forte também. A equipe que foi eliminada pelo Flamengo na Taça São Paulo vem com mais cancha para a disputa da Taça BH. Se tem os desfalques de Luiz Eduardo, Henrique Miranda, Dener e Rodrigo Caio, que já subiram para os profissionais, o tricolor conta com a boa fase do lateral Lucas Mendes, do lateral/ meia Gabriel Modesto e dos atacantes Régis e Alfredo para surpreender. Além deles, os versáteis João Felipe e Hugo Rodrigues também devem estar no grupo comandando por Sérgio Baresi. Já o Cruzeiro aposta em um time renovado com a promoção ou empréstimo de diversos jogadores /91 e /92. Lucas Silva é o principal destaque do time. 

Correndo por fora estão Siderúrgica, Villa Nova e AE Pedro Leopoldo. Jogando "em casa" os três mineiros de menor expressão da chave terão tarefa dura para surpreender alguém, mas certamente o Villa Nova tem mais autoridade para "pleitear" algo. A equipe foi campeã do Torneio Integração 2011, disputado entre times do estado mineiro, e tem alguns remanescentes da campanha vencedora. Já o AE Pedro Leopoldo vem como o time sub-19 do Lajeadense-RS, após uma parceria com a prefeitura para a disputa da Taça. O time, no entanto, deve concorrer com a Siderúrgica para não ficar na lanterna da chave.


GRUPO B
Palmeiras, Goiás, Figueirense, Uberlândia-MG, Palmeirense-MG e Santa Cruz/MG
Candidato a craque do grupo: Patrick Vieira (Palmeiras)



Em grupo com três potências nacionais e outras três equipes mineiras, o Palmeiras é o clube de mais renome na chave. Ao lado do São Paulo, o Verdão é o paulista com mais títulos na competição, campeão em 1998 e 2002. No entanto, o retrospecto dos alviverdes não é dos melhores em 2011. O time caiu no início da segunda fase da Copinha e, no Paulista Sub-20, foram apenas oito pontos em sete jogos até aqui. O meia Patrick Vieira é o destaque do time treinado por Helio Chicchinato Junior.


Outro “Verdão” no páreo do Grupo B é o Goiás, que vem embalado pelo bicampeonato da Copa Goiás Sub-20. O elenco comandado por Wladimir Araújo tem sua referência ofensiva em Bruno Henrique, artilheiro do torneio com 12 gols. Além dele, a aposta é no zagueiro Wallinson. Já o Figueirense teve preparação forte para a Taça BH, segundo palavras do técnico Fernando Gil. A equipe vem de desempenho regular no Catarinense Sub-20 e está apenas em quinto. Entre as promessas para a competição está o meia Diogo.


O Uberlândia, por sua vez, é o representante local mais tarimbado do grupo. A Taça BH, aliás, inicia a maratona da equipe do técnico Carlão Bauab, que ainda disputará o Mineiro Sub-20 neste segundo semestre e a Copa São Paulo em 2012. Ao longo do último mês, o Verdinho disputou amistosos contra pequenos clubes do Estado. Completando a chave, os azarões são o Santa Cruz FC, time da capital mineira com tradição na base, e o Palmeirense de Ponte Nova, que mandará os jogos em casa.
GRUPO C
Guarani/Pará de Minas-MG, Contagem-MG, Corinthians, Guarani, Atlético-MG e Brumadinho-MG
Candidato a craque do grupo: Bernard (Atlético-MG)


Com quatro títulos na bagagem e jogando praticamente em casa, o Atlético-MG é franco favorito para sair na frente no Grupo C, um dos mais fracos da competição em teoria. Além de três clubes pequenos locais, a chave, que será disputada em Brumadinho e Pará de Minas, tem dois paulistas que não prometem muito, sobretudo o Guarani. Eliminado na primeira fase e sem Léo Citadini, machucado, o Bugre aposta fichas no atacante /94 Everton, titular no Paulista Sub-17. 

Mesmo com uma camisa pesada, o Corinthians deve chegar à Taça BH com menos argumentos que o Galo, seu adversário da estreia. Com o comando do experiente e interminável José Augusto, a base é semelhante a que fracassou na Copa São Paulo, mas sem nomes como Dener e Jô. O zagueiro Nick, o meia Anderson e o atacante Elias, que já treinaram nos profissionais, são as esperanças corintianas. Outro nome que gera expectativa é o centroavante Douglas, que terá a possibilidade de reencontrar o Guarani, seu ex-clube. 

Principal favorito do grupo, o Atlético-MG chega com gana de levar o título que arrematou em 1988, 89, 2005 e 2009. Além do técnico Rogério Micale, que já foi campeão da Copa São Paulo com o Figueirense, há bons jogadores à disposição. Os laterais, por exemplo, serão Roger e Eron, já escalados por Dorival. Do meio para a frente, Bernard, Leleu e Paulo Henrique prometem comandar o Galinho no Grupo C. 

GRUPO D
Atlético-PR, Botafogo, Guarani-MG, Internacional, Juventus/Nova Serrana-MG e Olaria-RJ
Candidato a craque do grupo: Dellatorre (Internacional)
 

Em busca do título inédito da Taça BH, o Internacional aposta na base campeã estadual da categoria para quebrar este incômodo tabu. Jogadores que vinham treinando com o elenco principal, como Eduardo Sasha, Fred, Marquinhos Vilela e Zé Mário reforçam o time que embarca para Minas Gerais, bem como o artilheiro colorado no Gauchão de juniores, Dellatorre. O goleiro Alisson Becker, irmão de Muriel, é outro que concentra grandes expectativas. Com exceção de jogadores como Nathan e Lucas Severo, muitos bicampeões da Punta Cup em abril deste ano também foram confirmados, como Tarik, Raphinha e Thales.
 
O atual vice-campeão da BH, Atlético/PR, também chega com força total. Invicto em 2011, o Furacão confia no retrospecto: vai para sua 22ª participação em 27 edições do torneio e tem o melhor desempenho entre as equipes da região Sul na história da competição, disputando cinco finais e vencendo duas, em 1996 e 2006. A equipe do técnico Sandro Forner marcou 41 gols em apenas 12 partidas e aposta no artilheiro Harrison para manter o poderio ofensivo.
 
Outro campeão estadual na chave é o Botafogo, que inaugurou recentemente uma exposição de fotos chamada “Uma base campeã” e terá a oportunidade de colocar a Taça BH na galeria. Desfalcado de jogadores como Gerson, Guilherme e Jairo, recentemente negociados, o alvinegro aposta em valores que trouxeram um título estadual pela primeira vez desde 2000, como o atacante Vitinho e o meia Jeferson. Os mineiros Guarani e Juventus/Nova Serrana apostam no fator casa para surpreender, enquanto o Olaria, time de segunda melhor campanha na classificação geral do Carioca de Juniores (superior até que a do campeão, Botafogo), não pode ser subestimado. 

GRUPO E
Coritiba, Bahia, Santos, Fluminense, Manhançu-MG e Martins Soares-MG
Candidato a craque do grupo: Madson (Bahia)
Pode-se dizer que este é o grupo da morte da Taça BH, com quatro potenciais candidatos à classificação à próxima fase. Atual campeão, o Coritiba vai com intenção de repetir o feito de 2010, quando bateu o rival Atlético-PR na decisão. A equipe é praticamente a mesma que deixou a Dallas Cup ainda na primeira fase (mas invicta) e está viva na disputa do Estadual da categoria. No time comandado por Marquinhos Santos, também treinador da seleção sub-15, os olhos estarão voltados ao meia Luizinho e à dupla Rafinha e Raphael Lucas, este último candidato a artilheiro.

Outro favorito na chave é o Bahia. Vice da Copa São Paulo, o tricolor vive grande fase em 2011: conquistou o Torneio Angelo Dossena e ficou em quinto no Internationales U-20 Fussballturnier, na Alemanha. Autor de gols decisivos na Itália, o atacante Rafael merece atenção no grupo dirigido por Laelson Lopes, bem como os destaques da Copinha 
 o lateral Madson e o zagueiro Everton. Já o Santos, derrotado na decisão de 2001, lidera seu grupo no Paulista Sub-20 e vem completo. Dentre os comandados de Claudinei Oliveira, meninos de boa Copinha, como o lateral Geuvânio e o meia-atacante Pedro Castro.


Um degrau atrás está o Fluminense, finalista em 2004 e que espera dar a volta por cima em uma temporada ainda pouco empolgante (ficou em quinto no Carioca). Sem nomes mais badalados, como Matheus Carvalho, as apostas são o meia Bruninho e o atacante Stefano, artilheiro tricolor no Estadual com 15 gols. Os donos da casa Manhançu e Martins Soares surgem como grandes zebras. O primeiro, aliás, foi fundado especificamente para a Taça BH e recentemente fez um amistoso com a seleção brasileira sub-20 (derrota por 11 a 0).
 

GRUPO F
Grêmio, Vasco América-MG, Sport Recife, Metaluzina-MG e Ecuca Catas Altas/MG
Candidato a craque do grupo: Marlone (Vasco)
Campeão do torneio em 2008, o Grêmio chega à Taça BH em busca do bi e conta no elenco com alguns nomes badalados. O principal deles é o zagueiro Gerson, que disputou o Mundial Sub-17 pela seleção brasileira em 2009. Outros nomes, como o volante /94 Misael e o goleiro /93 Tiago Machowski, também merecem ser observados com atenção.

Os principais adversários do time gaúcho parecem ser o Vasco, que contará com Marlone, destaque do time na Copa São Paulo, além de Guilherme, e o América-MG, terceiro colocado na Copa São Paulo, que tem na força do conjunto e no talento de Caleb e Lula suas principais armas. Os três times estão mais ou menos no mesmo nível.

Completam a chave o Sport, que é comandado pelo técnico Roberto Coração de Leão e tem como principal jogador o atacante William Araújo, e os mineiros Ecuca Catas Altas e Metaluzina, que correm por fora na disputa de vagas. 


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

OS NOVOS CAMPEOES....


 
Os títulos das selecções jovens alemãs (Sub-17, sub-19, sub-21). O nascer de um novo estilo?





Quando se tenta recordar os seus tempos de jogador, nos anos 80, ele surge sempre a cabecear nas alturas e esmagando algum defesa. Hrubesch foi um dos pontas-de-lança mais possantes e temíveis numa época em que a Alemanha, e o seu estilo de futebol-força, mandava na Europa. Os tempos mudaram, entretanto. A força, por si só, já não ganha jogos, e o futebol alemão (selecção e clubes) sentiu esse abalo, até ao nível das suas gerações seguintes, menos talentosas e algo indefinidas em termos de um estilo claro. Sentia-se, porém, a tentação de ganhar maior qualidade técnica. As selecções jovens são o melhor ponto de referência dessa evolução. Depois da vitória no Euro Sub-19 em 2008 (com a equipa de Sukuta-Pasu, Gebhart e Naki, nomes de atacantes para fixar), a Alemanha conquistou, em 2009, o Euro Sub-17 e, esta semana, o Euro Sub-21, onde rever, duas décadas depois, como treinador dessa equipa, Hrusbesch (que já orientara os Sub-19) é quase como fazer a ponte entre essas duas épocas, tentando respeitar o melhor das duas.
 
A forma como atropelou na Final a Inglaterra de Walcott (4-0), revelou, também, visão táctica na forma como durante o torneio mexeu várias vezes no sistema. Partiu do 4x4x2, com dois médios-centro à frente da defesa, espaço onde se destacaram Aogo, mais posicional, e Khedira, o elemento mais forte nas transições, como se viu no jogo da Final, onde, após ler o onze inglês, Hrubesch surgiu num 4x5x1, versão 4x1x4x1, com um trinco (Hummels) atrás uma linha de quatro, com Khedira a gerir as subidas e descidas do sector toda a largura do terreno, na zonas das transições, matando a dinâmica do meio-campo inglês, sempre no 4x4x2 mais clássico. No primeiro jogo, com a Espanha, jogara em 4x2x3x1. Em todas as opções, jogou sempre com alas bem abertos, com Castro (que também joga no meio) Jonhson e/ou Marin sempre muito perigosos. Só um dos laterais subia no terreno, Beck, no lado direito. Como craque que desequilibra, o exótico Ozil, nas costas de um avançado solitário, Dejagh (como na meia-final contra a Itália, em 4x4x1x1 ou, como na Final, apoiando Wagner).
 
Na filosofia de jogo, em qualquer sistema, detecta-se ainda a opção por bolas em profundidade no inicio de construção. Mantêm as faixas sempre bem completas, procurando sempre situações de dois-para-um, quer a atacar com a defender.
 
Ozil e Marin, médios que se tornam, avançados, são os dois nomes mais criativos desta geração teutónica Sub-21 para seguir no futuro. Metem imaginação na sua já tradicional maior dimensão física do jogo e, nessa mescla, cruzam os dois tempos do futebol alemão, sob a batuta do panzer-treinador Hrusbesch. 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

MERCADO BRASILEIRO DE CLUBES DE FUTEBOL SUPEROU R$ 2,18 BILHÕES EM RECEITAS EM 2010


Em 2010 o mercado brasileiro de clubes de futebol (que engloba as receitas geradas por todos os clubes de futebol do Brasil) atingiu uma receita recorde de R$ 2,18 bilhões, evolução de 13,4% em relação a 2009 e 171% nos últimos 8 anos.
A BDO RCS projetou antes da publicação dos balanços de 2010, que o mercado atingiria receita de R$ 2,1 bilhões, fruto da construção de cenários futuros sobre o mercado brasileiro de clubes de futebol.
As receitas que mais contribuíram para o crescimento dos recursos gerados pelos clubes brasileiros foram os novos recursos gerados com patrocínio e publicidade e cotas de TV. As receitas com clube social e esporte amador e bilheteria apresentaram uma evolução inferior ao registrado em 2009.

RECEITA TOTAL – MERCADO BRASILEIRO DE CLUBES DE FUTEBOL – Em R$ milhões

Pelo terceiro ano consecutivo as receitas com transferências de atletas sofreram retração, apresentando a menor participação entre as receitas geradas, desde 2003,quando a BDO RCS iniciou sua série histórica de análises.
A participação das fontes de receitas do negócio dos clubes sofreu algumas alterações de 2009 para 2010, especialmente pela redução das transferências de atletas no total gerado pelos clubes, e aumento da participação do patrocínio e publicidade. Embora as cotas de TV tenham crescido em valor absoluto, a participação se manteve inalterada.
As receitas com bilheteria apresentaram pequena ampliação em valores absolutos, o que fez com que houvesse a redução de 1 ponto percentual em sua participação no total gerado. As outras receitas foram impactadas por vários fatores, como o incremento de receitas não operacionais, premiações, licenciamento, receitas financeiras, etc.

AS 20 LIGAS QUE MAIS DINHEIRO MOVIMENTARAM EM TRANSFERÊNCIAS 2010/11


Na temporada de 2010/11 as 20 maiores ligas de futebol do planeta movimentaram um total de 4.950 milhões de Euros em transferências de jogadores. Cerca de 53% do dinheiro movimentado (2.628 milhões de Euros) foi utilizado na aquisição ou pagamentos de empréstimo de jogadores, enquanto 47% do total movimentado (2.321 milhões de Euros) na venda de jogadores.
No total, e comparando o volume de compras e vendas de jogadores nas 20 ligas analisadas, registou-se um prejuízo de 307 milhões de euros, sendo a Premier League de Inglaterra foi a liga que mais dinheiro movimentou com 1.044 milhões de Euros. No entanto a Premier League foi também a que registou o maior resultado negativo entre aquisições e vendas, com 356 milhões de Euros.
O ranking demonstra e diferencia na perfeição, quais as ligas exportadoras e importadoras de jogadores. Portugal lidera como país exportador de jogadores, com um resultado positivo entre aquisições e vendas de mais de 90 milhões de Euros, seguido pela Argentina e França com 66 e 57 milhões de Euros respectivamente. Destaque também para a presença no ranking de duas segundas ligas, nomeadamente o Championship de Inglaterra e a Serie B Italiana.

As 20 ligas que mais dinheiro movimentaram em transferências 2010.11


LigaDivComprasVendasResultadoMovimentado
1Inglaterra1700.415.000 €343.755.000 €-356.660.000 €1.044.170.000 €
2Itália1423.980.000 €356.605.000 €-67.375.000 €780.585.000 €
3Espanha1311.540.000 €297.920.000 €-13.620.000 €609.460.000 €
4Alemanha1217.100.000 €218.580.000 €1.480.000 €435.680.000 €
5França1154.915.000 €212.685.000 €57.770.000 €367.600.000 €
6Portugal184.940.000 €176.355.000 €91.415.000 €261.295.000 €
7Rússia1179.725.000 €66.735.000 €-112.990.000 €246.460.000 €
8Brasil168.680.000 €116.055.000 €47.375.000 €184.735.000 €
9Turquia1111.985.000 €29.430.000 €-82.555.000 €141.415.000 €
10Argentina137.200.000 €104.110.000 €66.910.000 €141.310.000 €
11Ucrânia197.470.000 €32.675.000 €-64.795.000 €130.145.000 €
12Inglaterra258.290.000 €70.345.000 €12.055.000 €128.635.000 €
13Holanda145.750.000 €78.075.000 €32.325.000 €123.825.000 €
14Itália218.030.000 €56.085.000 €38.055.000 €74.115.000 €
15Bélgica124.940.000 €39.600.000 €14.660.000 €64.540.000 €
16Roménia120.670.000 €38.060.000 €17.390.000 €58.730.000 €
17Escócia118.845.000 €30.255.000 €11.410.000 €49.100.000 €
18Polónia118.240.000 €22.370.000 €4.130.000 €40.610.000 €
19Aústria116.535.000 €20.840.000 €4.305.000 €37.375.000 €
20Grécia119.685.000 €11.125.000 €-8.560.000 €30.810.000 €
TOTAL2.628.935.000 €2.321.660.000 €-307.275.000 €4.950.595.000 €

Para o estudo em causa foram considerados os totais gastos pelos clubes de cada liga na aquisição e venda de jogadores, bem como os valores pagos em empréstimos. Em Ligas como o Brasil e/ou Rússia, foram considerados os valores das transferências durante a temporada de 2010.