quinta-feira, 10 de outubro de 2013

VEM AI O NOVO CAMPEONATO MUNDIAL...PODEM ANOTAR !!



Oito clubes campeões dos principais torneios nacionais do mundo, some a eles os seis campeões continentais, mais o primeiro colocado do ranking nacional do país que sediará o torneio. Após isso, restará uma vaga. Que tal um jogo entre o campeão da Copa Sul-Americana com o vencedor da Liga Europa para decidir o último classificado para o Mundial de Clubes? Pronto, temos um torneio com início nas oitavas de final. Fórmula de disputa? Simples. Sorteiam-se os confrontos, depois teremos um torneio simples, no sistema “mata, ou seja, jogo único, e se perder está eliminado.

 Se tivéssemos esta fórmula de disputa neste ano, teríamos os seguintes clubes participantes:
Brasil – Fluminense
Alemanha – Borussia Dortmund (vice-campeão alemão)
Espanha – Barcelona
Portugal – Porto

Inglaterra – Manchester United
França – Paris Saint-Germain
Itália – Juventus
Argentina – Vélez Sarsfield
Libertadores – Atlético-MG
Liga dos Campeões – Bayern de Munique
Liga Europa ou Copa Sul-Americana – Chelsea ou São Paulo
Concacaf – Monterrey/MEX
OFC (campeão da Oceania) – Auckland City/AUS
País-sede – Raja Casablanca/MAR
AFC (campeão asiático) – FC Seoul/COR ou Guangzhou/CHI
CAF (campeão africano) – Al-Ahly, Coton Sport, Espérance ou Orlando Pirates

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Técnico brasileiro prepara o futuro do El Jaish

ENTREVISTA CONCEDIDA A TEMPOS ATRAS AO PLANO TATICO, UM DOS SITES MAIS ATUALIZADOS E COM MAIS INFORMACOES DO FUTEBOL MUNDIAL :






Com apenas 39 anos, o treinador Leonardo Vitorino já acumula variadas experiências no Brasil e no exterior, tendo trabalhado em Trinidad & Tobago, Angola, Austrália, Estados Unidos e Catar . Após cinco vitoriosas temporadas nas divisões de base do Al Gharafa, cujo trabalho foi eleito quatro vezes seguidas o melhor com jovens do Catar, prêmio concedido pela federação nacional, Vitorino encara seu mais novo desafio no país árabe.
A função do técnico brasileiro no jovem El Jaish, fundado em 2007, é coordenar as divisões de base do clube, que engloba as categorias sub-12, sub-13, sub-14, sub-15, sub-17 e sub-19. A primeira tarefa que Vitorino abraçou foi realizar um levantamento dos atletas:
“Fiz uma análise dos atributos de cada jogador do El Jaish. Pesquisei como os atletas que já tinham passagens por outras equipes chegaram ao clube. Mas o mais importante foi o início do processo de captação de novos jogadores, que incluía visitas a várias escolas do país em busca de trazer a criança cada vez mais cedo para o El Jaish”, informa Vitorino ao Plano Tático.
Visando às divisões de base como um todo, o treinador brasileiro inseriu um mesmo sistema de jogo e metodologia de trabalho em todas as categorias, integrando-as tanto no aspecto físico quanto técnico. “O gerenciamento do projeto é sério, profissional e valoriza o trabalho de cada integrante da equipe, também no viés social dos atletas, contribuindo com a sociedade em geral e com o futebol no Catar”, afirma o brasileiro.
O trunfo de Leonardo na sinergia entre times profissional e de base é um aplicativo chamadoNotes4Coachvoltado para treinadores de futebol. Participante do projeto junto de outros profissionais, como Leonardo Jardim, atual técnico do Sporting Lisboa, Vitorino disponibiliza o conteúdo de seus treinamentos no El Jaish, desde o pacote básico, para profissionais iniciantes, até metodologias mais avançadas.
A intenção é que o técnico possa registrar cada treino específico (força, técnico, tático, resistência), podendo criar um calendário e ainda avaliar a performance do time e de cada atleta durante os jogos, criando uma base de dados ao longo da temporada. “Assim, o técnico do profissional pode acessar as informações dos times de base comandados por mim através do Notes4Coach”, explica Vitorino.

 O projeto

O atual elenco do sub-19, a categoria mais alta da base do El Jaish, possui, além de catarianos – imensa maioria –, dois jordanianos, dois iemenitas e um egípcio. O objetivo de Leonardo Vitorino é continuar trabalhando com esses atletas, “utilizando o máximo de jogadores locais, pois os times no Catar podem ter apenas três estrangeiros em campo”. Sobre a contratação de atletas brasileiros para a base, Leonardo acha difícil, já que o Centro de Treinamento do clube ainda será finalizado no início de 2014.
No El Jaish, a cobrança em cima dos jovens é chegar ao profissional com qualidade para entrar em campo: “Há cobrança por resultados, claro, mas o principal é o atleta alcançar o profissional e ter condições de jogar, sem ficar no banco eternamente. Acredito que estamos no caminho certo e os resultados virão na Copa do Mundo 2022, com um bom papel da seleção do Catar”.
Para mostrar qualidade no profissional, o atleta da base, segundo Vitorino, “tem que ser trabalhado em sua qualidade técnica, com ensinamentos psicomotores aliados à parte física. A criação do sub-23 (time B) diminuiu muito o hiato da transição da base para o profissional”. Por isso o elenco principal do El Jaish conta com atletas jovens, como os meias catarianos meias Adocali Al Said (18 anos) e Mohammed Muntari (19 anos).
“A vantagem em relação ao Brasil é que no Catar existe um campeonato dos reservas, o que propicia experiência aos jovens”. Leonardo Vitorino ainda informa que a fórmula da competição está mudando e que os times B deverão jogar a segunda divisão no futuro próximo, somente para dar experiência aos atletas, sem possibilidade de acesso dos clubes. “A segunda divisão terá aumento de participantes e estes atletas vão jogar contra as outras equipes”.
“No Brasil, o processo de transição tem melhorado, com a criação das competições nacionais de base [Copa do Brasil sub-17 e sub-20 e o Brasileirão sub-20]. Mas ainda há a necessidade de mais torneios, com a participação de equipes internacionais. O jovem brasileiro atua pouco em torneios no exterior, o que poderia dar mais experiência aos atletas e tornar o clube mais conhecido lá fora”, opina o treinador brasileiro.

O profissional

Na temporada 2012-13, o El Jaish terminou na terceira posição daQatar Stars League, com 40 pontos em 22 jogos (13v, 1e, 8d), 11 pontos longe do título, mas se garantindo na Liga dos Campeões da Ásia 2014. Leonardo Vitorino elenca os destaques do ano:
“Entre os brasileiros, o Anderson Martins (ex-Vasco da Gama) participou em mais de 90% das partidas. Marcone (naturalizado catariano) é um dos zagueiros da seleção do Catar. O Wagner Ribeiro (também naturalizado) foi um dos melhores da última liga, tanto nas assistências quanto na finalização, marcando vários gols decisivos. Adriano (ex-Inter de Porto Alegre e futebol paranaense, hoje no Umm Salal, do Catar) teve grande destaque em seu primeiro ano e na temporada passada voltou a exibir seu melhor futebol, principalmente nos clássicos. Já o catariano Saad Al Shammari foi meu jogador no Al Gharafa e era o capitão do time até a chegada do Juninho Pernambucano. Sempre foi um líder positivo dentro e fora de campo, além de ajudar muito na organização tática do time”, explica Vitorino.
Na Liga dos Campeões da Ásia 2013, o El Jaish caiu nas oitavas de final, ao ser superado pelo Al Ahli (Arábia Saudita) por 3 a 1, em dois jogos. Leonardo gostou da campanha: “Foi satisfatória, pois o clube é novo e está começando a ganhar experiência em torneios internacionais. Normalmente, os times que chegam ao Mundial de Clubes da FIFA disputaram média de três a cinco vezes as competições em seus continentes. A Liga dos Campeões da Ásia é muito difícil, pois você joga contra grandes clubes, mas também com grandes mudanças de fuso horário e temperaturas. É preciso estar sempre bem preparado e, principalmente, bem adaptado a estas mudanças”, explica o treinador.
A temporada 2013-14 está apenas começando, mas o El Jaish já lidera as competições no sub-13 e sub-15, estando na sexta posição no sub-14 e no sétimo lugar na categoria até 17 anos. No sub-19, o El Jaish é terceiro, com 100% de aproveitamento em duas rodadas. Bom trabalho de Leonardo Vitorino, que não esconde o desejo de ter sucesso em solo brasileiro:
“Tenho condições de desenvolver um bom trabalho em grandes clubes e, principalmente, em times competitivos em competições nacionais e internacionais. A grande questão é que hoje no futebol brasileiro não existe um clube que contrate um novo nome no mercado, diferente do que ocorria no passado. O Botafogo do Rio trouxe Paulo Autuori, que era desconhecido no Brasil, para se sagrar campeão brasileiro em 1995. O Porto (Portugal) contratou André Villas Boas, que treinara a seleção de Ilhas Virgens Britânicas. Por último, o Borussia Dortmund trouxe Jürgen Klopp, de 46 anos. É preciso ousadia e inteligência para fazer isso. Eu fico esperando a minha oportunidade e me preparando para o dia em que ela chegar”.