quarta-feira, 6 de maio de 2009

BARCELONA NA FINAL DA CHAMPIONS LEAGUE TAMBEM

É incrível como a ausência de Henry desestruturou a conclusão das jogadas do Barcelona hoje, dia no qual a equipe catalã conseguiu uma épica classificação à final da Champions League empatando com o Chelsea por 1 a 1, em Londres. O gol foi marcado por Iniesta aos 48min do 2ºtempo, premiando o jogador que precisou se sacrificar em função da vocação tática ofensiva.
Guardiola sistematizou o Barça em um 4-4-2, sem referência na área. Eto'o abriu na esquerda, ocupando o lugar deixado por Henry, e Messi se manteve na ponta-direita. Mas o treinador optou por não escalar o terceiro atacante, modificando a estratégia.


O Barça acrescentou um "líbero" ao meio-campo. O time continuou com o triângulo do setor - Busquets de primeiro volante, Xavi na armação pela direita, e Keita na esquerda. E o talentoso Iniesta jogou sem posição fixa, aproximando-se do jogador com a posse de bola - ora na direita com Messi, ora na esquerda com Eto'o, ora pelo meio com Xavi e Keita. Não deu certo.


Durante todo o primeiro tempo, o Barcelona conseguiu repetir uma de suas principais virtudes - alcançou 70% de posse de bola. Mas controlou a partida entre-intermediárias, sem profundidade. Ou seja, a saída da figura centralizada fez a equipe abdicar de sua segunda principal virtude - a criação massiva de oportunidades e conclusões a gol.


No 2ºtempo, Guardiola redesenhou o 4-3-3. Ele centralizou Eto'o e improvisou Iniesta - aquele que já havia se sacrificado pelo novo sistema - como um atacante aberto na esquerda. Afinal, depois de toda a tradição criada desde a escola Cruyff -o Barça demonstra que não sabe jogar fora do 4-3-3. Mas, perdendo o jogo, e precisando do empate, o Barça começou a se desesperar batendo e voltando no paredão do Chelsea.


A estratégia de Guus Hiddink no Chelsea parecia ter obtido um sucesso irrecuperável. Ele bloqueou os lados, impedindo as diagonais e infiltrações dos atacantes, com as dobradinhas Cole-Malouda na esquerda, e Bosingwa-Anelka na direita. E manteve a marcação sob controle no meio-campo, trazendo o adversário para um setor "embolado" - apesar de não ter a posse de bola, não permitia ao Barça chutar a gol. No abafa, ele só permitiu ao adversário acertar o alvo uma vez. E não deve ter acreditado no que seus olhos insistiam em afirmar.


Segundo a estatística da partida, o Barça deu apenas um chute a gol. Aos 48min do 2ºtempo. Com Iniesta, em uma jogada toda "desorganizada" - Messi na esquerda, ele pelo centro. E o meia espanhol acertou um balaço.

O gol da classificação. Iniesta leva o Barcelona à final de Roma contra o Manchester recebendo do imponderável a recompensa pela aplicação tática.

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