sexta-feira, 12 de agosto de 2011

MERCADO CHINES - O NOVO ELDORADO


Surge um novo mercado no futebol e o Brasil já sente os primeiros sinais de sua força. Trata-se da China, que recentemente tirou o jogador Conca do Fluminense por 10 milhões de dólares e ainda garantiu um salário gigantesco ao jogador.
Um importante passo para essa total profissionalização e força da China no futebol, veio com o acordo com a Dalian Wanda, empresa chinesa do setor imobiliário, que por 53 milhões de euros fará um importante investimento no futebol do país.
Dentre os objetivos, destacam-se: melhora na infra-estrutura dos estádios, desenvolvimento das categorias de base, intercâmbios de treinadores e dirigentes com mercados já consolidados, como o europeu, além de um treinador top para a seleção nacional.
Por lá já jogam brasileiros conhecidos, como Muriqui, Renato Cajá, Obina e agora Adriano Michael Jackson, ex-Palmeiras. Claro que é tudo muito recente, novos aportes chegam ao país e o mercado brasileiro é um dos objetivos. Reconhecidamente, não somos um mercado caro e aliado com a imagem de melhor futebol do mundo, naturalmente nos tornamos foco chinês.


LIGA CHINESA DE FUTEBOL SERÁ EXIBIDA NOS EUA


A liga chinesa de futebol fechou nesta semana um importante acordo de mídia. A competição terá partidas exibidas para o mercado dos Estados Unidos ainda neste ano, como fruto de uma parceria com uma emissora de Dallas.
A responsável pela transmissão será a One World Sports, que exibirá um jogo da liga chinesa por semana. Detalhes financeiros do acordo entre o canal e a Associação de Futebol da China não foram revelados.
A One World Sports, emissora que integra o grupo One Media, tem investido fortemente no futebol asiático. Antes de fechar com o certame chinês, o canal havia atingido acordos com os torneios nacionais de Coréia do Sul e Japão e com a Liga dos Campeões da Ásia.
A emissora adquiriu direitos da liga chinesa para TV, banda larga e telefonia móvel. O acordo é válido apenas para a atual temporada.


QUAIS SÃO OS JOGADORES MAIS BEM PAGOS DO MUNDO?
1. Cristiano Ronaldo, atacante português do Real Madrid, €12 milhões por ano; 2. Wayne Rooney, atacante inglês do Manchester United, €11,5 milhões; 3. Lionel Messi, atacante argentino do Barcelona, €11 milhões; 4. Yaya Touré, volante marfinês do Manchester City, €10,8 milhões;
5. Dario Conca, armador argentino do Guangzhou Evergrande, €10,5 milhões. Reparam que o Conca receberá mais do que Eto’o, Ibra, Kaká, Drogba, Lampard,
Iniesta, Xavi, Xabi e outros craques de primeira linha da Europa?

GUANGZHOU FOOTBALL TEAM

Fundado em 1954 com o nome de Guangzhou Football Team, o nouveau riche freqüentou as duas divisões da Superliga da China sem jamais conquistar o título principal.
Em 2009, foi rebaixado por fraude em jogos da temporada de 2006.
Paradoxalmente, num momento ruim, ganhou a sorte grande do futebol ao ser comprado pelo conglomerado financeiro e de construção civil Evergrande Real State Group, que o devolveu, em outubro de 2010, à divisão principal.
De lá pra cá, os investimentos têm sido maciços. Muriqui foi um dos contratados. Cleo, um paranaense de Guarapuava, também foi contratado.
Agora, acontece esta fantástica incorporação de Conca que receberá R$52 milhões por dois anos de contrato.
A próxima meta “Chelsea da Ásia” é aumentar o público do time, de 50 mil pra 60 mil por jogo, a capacidade de seu Tianhe Stadium.
Aviso aos navegantes: A China a curto prazo vai balançar o futebol brasileiro, pois o clube Evergrande vai contratar os melhores jogadores e já tem proposta para 2012, para Montillo, Fábio, Wallyson todos do Cruzeiro.
A grana não discute e não aceita desaforos. Quando a China chama na chincha, não tem escapatória.


QUEM ESTÁ INVESTINDO NA CHINA
Por outro lado, grandes clubes europeus investem em sua imagem no mercado asiático. O Real Madrid, por exemplo, fará dois amistosos em sua pré temporada na China, contra o Guangzhou Evergrande e o Tianjin Teda, nos dias 3 e 6 de agosto.
O Standard Chartered, principal patrocinador do Liverpool, está bancando a excursão do clube pela Ásia, para amistosos na China e Malásia (Arsenal também). O banco visa executivo e empresários asiáticos, uma vez que três quartos do seu lucro provêm da Ásia. Dos 1.700 escritórios e agências que o banco possui, 90 estão na Ásia.
O Outro exemplo ocorreu em Portugal. Um dos candidatos (vencido) a presidência do Sporting chegou a colocar como promessa a contratação de um jogador chinês para a equipe, com o único objetivo fortalecer a imagem do clube no mercado asiático. Fato já seguido por clubes como Manchester United e Bayern.
Em um mercado que se nota a grande evolução, em transferências, organização, com total apoio do governo, não é de se espantar que o primeiro objetivo futebolístico deles seja o mercado sul-americano e em contra-partida, se tornem alvo dos europeus.
A medida que a economia cresce, o esporte também crescerá. A China caminha para ter o principal torneio de futebol do continente, batendo a J-League (Japão).
Com a crescente chegada de jogadores internacionais, que auxiliam diretamente no desenvolvimento do esporte, a modalidade rapidamente será alvo de grandes clubes do mundo.
Por enquanto, o objetivo da Europa é o dinheiro que os aficionados fãs de futebol chineses podem gerar, com o retorno através de amistosos e pré-temporada.
Essa história já aconteceu com o Everton, da Inglaterra. O tradicional clube inglês estava no buraco em 2001. Suas dívidas alcançavam US$ 6 milhões e o patrocinador, T-

Mobile, havia desistido de investir no time. Foi aí que apareceu a China Kejian Corp., empresa de telefonia celular.
A Kejian queria investir no Everton, mas em contrapartida pedia ao clube a contratação de um jogador chinês. Os ingleses desconfiaram de que não seria um bom negócio. Mas, sem dinheiro, não tiveram alternativa diante da insistência da Kejian. Depois da Copa de 2002, o Everton comprou Li Tie e Li Weifeng, os dois da Seleção da China. Contrato fechado com os atletas, a empresa depositou US$ 3,3 milhões de patrocínio por dois anos na conta do clube.
Patrocinado pela Kejian e com um "craque" da Seleção Chinesa no time, o Everton virou moda na China. Empresas inglesas, de olho no mercado chinês, compraram espaços publicitários no estádio do clube inglês. As placas foram escritas em chinês para atrair a atenção dos milhões de telespectadores chineses que acompanham os jogos do Everton pela televisão.
Os clubes alemães de futebol também miram para o mercado asiático.
Karl-Heinz Rummenigge, presidente do Bayern de Munique, comentou que a saída para a crise na Alemanha está no continente asiático.
"A Ásia é o único mercado economicamente lucrativo. A América do Sul não é interessante. Apesar do Mundial de 94, nos Estados Unidos, o futebol não desperta interesse e da África não se pode esperar nada."
Rummenigge adiantou que o projeto do Bayern começa no Japão, passa pela Coréia do Sul até desembocar na China.
Não temos de inventar nada. A Inglaterra foi o primeiro país a descobrir a Ásia para o futebol europeu. Em seguida, foram os espanhóis e italianos. E a Bundesliga também tem de estar presente."
Os clubes brasileiros, por enquanto, apenas exportam jogadores e treinadores para a China. Nenhum dirigente teve a lucidez de fazer o caminho inverso.
Enquanto isso, outro mercado já é bem visto pelos grandes da Europa, ainda que silenciosamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentario sera muito bem vindo